8/27/2006

 

Bizarre Love Triangle Pt. 1/?

Em uma noite de março, quando eu menos esperava que acontecesse algo, um amigo de infância que eu já não via a anos me liga:
- Roberto meu velho quanto tempo. Vai fazer alguma coisa hoje?
Eu fiquei surpreso pela ligação pois fora ele quem se afastou depois de algumas brigas no tempo de colégio. Mas estava disposto a esquecer, é claro. Eramos apenas crianças.
- Meu deus Túlio é você mesmo? - Disse e forcei um riso. Completei - Cara, num tenho nada planejado. Comprei uns filmes e tal mas sei lá...
- Porra cara, que saudades. Eu vo passar na tua casa agora então. Tem um pessoal que eu fiquei de encontrar no bar e eu queria te apresentar uma pessoa também. Nossa! Agente tem muita conversa pra por em dia - Agora a euforia estava transparente em sua voz.
- Beleza então. To precisando sair um pouco mesmo. Mas eu nem to morando mais naque...
- Eu sei, eu sei. Falei com seu irmao semana passada. Tenho que desligar agora. Em 10 minutos você desce.
- Falou, Até mais
Eu realmente precisava sair. Era isso ou ficar batendo punheta a noite toda com os filmes recém comprados. E por deus, eu não via Túlio a 5 anos. Ele que fora meu melhor amigo até o 2º ano e depois sumiu. Ele era outra pessoa hoje, pensei.

Tomei uma ducha troquei de roupa rápido e desci. Túlio hávia acabado de chegar, e desceu do carro para me cumprimentar. Trocamos um abraço rápido e nos saudamos.
Eu estava certo. Erámos desconhecidos agora. Ele estava muito diferente. Eu que sempre me sentia superior em relação a ele, nesse dia me senti por baixo. Ele estava forte, provavelmente malhando. Totalmente diferente daquele moleque gorducho e vermelho de 16 anos de idade. E o carro dera a impressão de que ele devia estar se dando bem também na carreira. Mas até esse momento eu estava feliz por ele. Um cara que sempre se fodia no colegio deu a volta por cima.

Depois de trocarmos algumas palavras na frente do prédio fomos para o carro dele. Eu já tinha visto que hávia alguem no carro, mas ele falou que estavamos indo para o bar encontrar com uns amigos dele, e eu pensei que era outro pegando uma carona. Mas ao entrarmos no carro ele falou:
- Aê Beto. Olha quem eu queria te apresentar - ele disse fazendo um sinal com a cabeça para o banco de trás. - Essa é a Rafaela. Minha namorada.
Ali, eu confesso, senti uma inveja mortal de meu amigo. Mas Nossa! Ela era linda. E seu sorriso enquanto olhava para mim me desconcertou completamente. Ela que tomou a iniciativa de me cumprimentar. Um beijo só por entre os 2 bancos da frente. Foi rápido, mas eu pude sentir aquele macio cabelo negro na minha face e o doce cheiro do perfume dela.
Agora, dentro do carro, eu me esforçava para disfarçar a atração que estava sentindo por ela durante o caminho. E se eu tivesse sorte disfarçaria somente pelo resto dessa noite, agora fria, de março.

Continua.

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